É incrível como as melhores idéias costumam ocupar o fundo da gaveta. Em meus vinte e poucos anos de propaganda, cansei de ver esta cena. E os motivos para deixá-las lá são os mais variados: a idéia é inovadora demais, é muito chamativa, vai chocar, nunca ninguém fez desta forma, foge muito do que meus concorrentes fazem, não gostei, tenho medo, meu sócio não vai aprovar, etc, etc,etc. E este fenômeno pode ser muito perigoso para o criativo e desastroso para o cliente. Perigoso para o criativo pois de tanto levar não para suas idéias ele passa a não procurar as melhores soluções pois já pré-julga que o cliente não vai aprová-las. É o que eu chamo de “inércia ou preguiça criativa” onde o profissional busca apenas o caminho mais fácil ou mais óbvio. É desastroso para o cliente pois ele deixa passar uma bela oportunidade para se destacar e diferenciar no mercado. Felizmente, percebo que hoje este panorama começa a se modificar. Talvez em virtude da crise ou até mesmo da maturação do mercado mas noto que as boas idéias começam a sair da gaveta. A fosfoetanolamina sintética, por exemplo, é uma grande esperança para o tratamento do câncer que durante anos ficou na obscuridade. Os motivos para boicotá-la são os mais variados possíveis mas a sociedade está lutando para que esta bela idéia ocupe o seu devido lugar. Acho bom que seja assim pois novas oportunidades aparecem quando a criatividade, a esperança e as boas idéias são valorizadas. Precisamos tirá-las do fundo da gaveta.
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As melhores ideias precisam sair da gaveta
Ideias boas na gaveta são perigosas para o criativo e desastrosas para o cliente.
1 resposta em “As melhores ideias precisam sair da gaveta”
Depois do surgimento e da força das redes sociais estamos vivenciando uma nova sociedade e um novo Brasil, portanto viva a liberdade de expressão!!!