Excalibur e o Santo Graal da propaganda

Excalibur foi a espada mais famosa de todos os tempos. Pertencia a Uther Pendagron, rei dos Bretões que, ao ser ferido em batalha, cravou a espada numa pedra para impedir que seus inimigos a tomassem. Assim como na lenda, na propaganda também temos nossa Excalibur. Ela é aquela campanha poderosa, que atinge seu público-alvo em cheio e vence todas as batalhas que os concorrentes e o mercado nos impõe. Mas, a maior dificuldade para se empunhar Excalibur na propaganda é ter um briefing deficiente ou pior, não possuir um. E a luta dos criativos por ele já é antiga. Para quem não está familiarizado com o termo, briefing é um documento onde se reúnem todas as informações importantes e relevantes sobre o produto ou serviço que o criativo se baseia para criar uma campanha ou peça publicitária. Cansei de receber briefings assim: “precisamos criar uma campanha criativa e que venda”. Ou então: “precisamos criar um logotipo para uma empresa que seja bonito”. Ora, a informação sempre foi a grande matéria prima para o publicitário criar suas campanhas e a falta dela nos remete sempre a “refação”, perda de esforço e recursos.  O mais curioso é que depois de perder horas para criar algo “do nada”, na hora que apresentamos a peça ao cliente ou ao atendimento da agência, ele resolve finalmente nos passar a informação necessária e fundamental para a realização do trabalho. Me sinto como um guerreiro bretão que tenta tirar a espada da pedra mas nunca vai conseguir. O briefing é o Santo Graal das campanhas. Sem ele é praticamente impossível resolver um problema de comunicação de maneira clara, eficiente, impactante e que traga resultados. O mais sensato a fazer é reunir todas as partes envolvidas numa távola redonda para colher todas as informações importantes e relevantes. Só assim poderemos empunhar Excalibur na batalha do mercado, caso contrário, só Merlim para nos ajudar.