2016 é o ano das Olimpíadas, a festa máxima do esporte. São várias modalidades, atletas de todo o mundo e um só objetivo: a medalha de ouro. E o esporte tem muitas lições para nos ensinar. Dentre elas, gostaria de destacar uma, que costumo ouvir corriqueiramente e que se mostra ser uma grande inverdade: “quando não se sabe pra onde vai, qualquer caminho serve”. Como sabemos, a disciplina, a obstinação, a persistência, o planejamento sempre foram características marcantes de todo esportista e o objetivo é muito claro: o primeiro lugar. E, nesse contexto, o dito popular cabe como uma luva. Mas o que o esporte nos ensina é que ele não é necessariamente verdade. Quem não se lembra da famosa seleção brasileira de futebol de 1982? Eram craques milionários em todas as posições do campo, jogos memoráveis mas não alcançou o seu objetivo. Foi um time que sabia para onde ir, traçou seu caminho e fracassou. E, ainda falando em futebol, o Brasil, com todos os seus “super jogadores” e sua polpa de pentacampeão nunca ganhou uma Olimpíada. Outro caso famoso é a do maratonista brasileiro que foi seguro durante a prova, quando ele estava com todas as chances para ganhar. Imagine o quanto ele treinou, o quanto ele se preparou para este momento e, graças a um “lunático”, tudo foi por água abaixo, ou seja, foi um atleta que sabia para onde ir, traçou seu caminho e fracassou. É evidente que planejar e treinar é fundamental para se obter sucesso, ou pelo menos para minimizar os erros, mas em todos estes casos não se contou com um fator preponderante e que sempre está presente em nossos planos: o “imprevisível”, o “inesperado”, o “imponderável”. Quantas vezes marcamos um churrasco, fazemos todos os preparativos e chega no dia, cai aquele dilúvio? Até o próprio Washington Olivetto, em entrevista, creditou o sucesso de uma campanha para cerveja que ele desenvolveu para o imponderado, o inesperado. Pois neste ano de Olimpíadas, espero que o esporte nos ensine mais lições e nos mostre que quando não se sabe aonde ir, qualquer caminho serve.
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Lições do esporte
Uma grande inverdade: quando não se sabe pra onde vai, qualquer caminho serve.